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Diário do Comércio

No estádio do Juventus, a tradição é não perder o cannoli

Presente em todos os jogos na Mooca desde a década de 1970, a banca de Seu Antônio chega a vender mais de 500 doces por partida e faz parte da experiência dos torcedores que enfrentam longas filas durante o intervalo

Mariana Missiaggia
18/Out/2024
No estádio do Juventus, a tradição é não perder o cannoli

No total, a cidade de São Paulo tem sete clubes profissionais de futebol, número que pode chegar a 66 se contabilizarmos a Grande São Paulo. Cada um deles com uma programação específica, lojas oficiais e claro, muita história para contar. Um deles, o Juventus da Mooca, completou cem anos em abril. Atualmente, o clube está na série A-2 do Campeonato Paulista e terminou a rodada de 2024 em sexto lugar.

Em um dia típico de jogo, como no último sábado de setembro (28/9), uma partida entre os times do Juventus e São Paulo da categoria sub-17 costuma levar uma multidão para a rua Javari, onde fica o Estádio Conde Rodolfo Crespi, na Mooca. O local, que tem capacidade para receber até cinco mil pessoas,  é uma viagem no tempo. Considerado patrimônio histórico paulistano, o espaço é tombado. Ele ainda preserva seu placar de madeira e a arquitetura clássica permite que a torcida fique a poucos metros do campo – eventualmente, um ou outro torcedor acaba levando uma bolada.

Mas, para além das conquistas no campo, há também a relação dos torcedores com tudo o que o time representa para o bairro da Mooca. Um futebol raiz, passado de geração para geração com muita tradição e rituais. Em dias de jogos, logo cedo, as camisas grená (cor oficial do time) se multiplicam ainda mais pelas ruas e já dá para sentir a influência da torcida na área.

Enquanto o portão não é liberado, torcedores de todas as idades que esperam para assistir o time do bairro batem cartão no tradicional comércio da região. Seja antes ou logo após os jogos, lojas como a Di Cunto, Esfiha Juventus, Bar do Cebola, Pastificio Carasi, Giba`s Bar formam um verdadeiro roteiro gastronômico e ficam repletas de torcedores. É muito comum encontrar estabelecimentos que adotam em suas placas e fachadas o nome e as cores do time.

Porém, é dentro do estádio que está a grande estrela culinária sempre atrelada ao Juventus: o cannoli de Seu Antônio. É ele o responsável pelas centenas de caixas de isopor nas mãos dos visitantes, que têm por tradição assistir aos jogos comendo o doce italiano vendido na mesma banca há 50 anos dentro do estádio.

O negócio, que surgiu pelas mãos do paulistano Antônio Pereira Garcia, 74 anos, é conhecido por todos, pois é presença garantida no estádio, faça chuva ou sol. É de lei. Passando pela revista, bem à esquerda, antes de subir para as arquibancadas, ao lado da loja oficial do Juventus, os torcedores já começam a organizar uma fila para comprar o doce que é feito de uma massa folhada frita em forma de tubo e recheada com diferentes sabores: doce de leite, chocolate, creme de baunilha, frutas vermelhas ou limão siciliano.

Antônio Pereira Garcia, 74 anos, aprendeu a receita de cannoli com um casal de italianos e passou a vender o doce no estádio do Juventus na década de 1970, uma tradição que perdura até os dias de hoje

 

Sem nenhum ascendente italiano, Seu Antônio diz ter sangue português e espanhol, como o próprio sobrenome entrega. A receita, ele aprendeu ainda adolescente, quando deixou o emprego de engraxate no Centro de São Paulo e passou a trabalhar na Vila Carrão para um casal de italianos - Seu José e Dona Ida, que aos finais de semana costumavam dar ao menino uma caixa de cannoli.

Com algumas dicas dos patrões e sempre observando quando os ajudava a enrolar, fritar e encher os quitutes, Seu Antônio tentava reproduzir o preparo em casa. E assim foi criando o seu próprio jeito – um tanto brasileiro - de fazer cannoli. Sua receita não leva ricota, leite ou ovos, pois, segundo ele, tornariam a validade do produto menor por ficar tanto tempo fora da geladeira. Banha, vinho marsala e cachaça, como é comum aparecer em algumas receitas, também ficam de fora. Em suma, água, farinha de trigo e sal são a base da massa.

Depois de um tempo testando e dominando a preparação, Seu Antônio decidiu sair pelas ruas do bairro se arriscando a vender o doce. Levava os cannoli em uma caixinha de uva pendurada no pescoço com barbante e, poucas horas depois, voltava para casa com tudo liquidado. Até que um dia teve a primeira oportunidade de servir os torcedores do Juventus, na década de 1970, e fez daquilo um clássico que perdura até hoje.

Em véspera de jogo, o cozinheiro recebe a ajuda da esposa, Fátima, e de alguns dos cinco filhos para preparar os doces madrugada adentro para vender no dia seguinte. Cada sabor vem organizado em grandes caixotes de plástico, que ficam expostos aos clientes que vão apontando e escolhendo o que querem comer durante as partidas.

Mas é durante o intervalo que vem a maior fila, quando muitos vão até a banca pela segunda vez para levar o quitute também para viagem. Há quem leve mais de 20 cannolis, especialmente se o jogo cair em um domingo. Assim, o doce já fica como a sobremesa do almoço. Nessa etapa, é possível esperar até 25 minutos até chegar a sua vez de montar uma caixinha. É a própria família quem organiza as vendas, embala os doces escolhidos e recebe o pagamento.

Os cannolis são vendidos entre R$ 10 e R$ 12, a depender do sabor. De acordo com o doceiro, em jogos importantes, mais de 500 unidades são vendidas e quando o jogo é bom, não tem jeito, sobra nada ao fim. Quando a partida é mais tranquila, ele até arrisca se juntar aos torcedores e passar vendendo o doce pela arquibancada e perto da grade.

Filas se formam na banca do Seu Antônio nos intervalos das partidas. Em um dia comum, pelo menos 500 cannolis são vendidos por preços entre R$ 10 e R$ 12

 

Quando não está no estádio, Seu Antônio tenta manter a tradição de abrir a sua banquinha de cannoli, após às 15h, de terça a sexta-feira, em um canto próximo da entrada da atacadista Assaí da Vila Carrão - uma tentativa do doceiro para se manter próximo a sua clientela fiel, especialmente nessa temporada sem jogos.

Francisco Antonio Parisi, vice-presidente da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), acompanhou boa parte da trajetória de Seu Antônio. Como cresceu no bairro da Mooca e é frequentador do Clube Juventus, Parisi diz ter ouvido muito uma citação que se tornou popular ao longo das últimas décadas: “Se havia 1 mil torcedores no estádio, Seu Antônio vendeu 1,5 mil cannolis”.

Outro caso emblemático envolvendo comerciantes da região, segundo Parisi, vem da Esfiha Juventus. Há uma tradição de que o atleta eleito como o melhor em campo ganha uma caixa de esfihas da Esfiharia Juventus. Nas palavras de Parisi, esse clima bairrista e de proximidade é que conecta tantos torcedores ao time.

"É tudo muito familiar, muito próximo. Um prêmio [as esfihas] que não tem valor financeiro pode não fazer sentido para grandes equipes, mas na Mooca, essa é sem dúvidas uma motivação extra para os atletas correrem em campo", disse.

Parisi diz que o grande trunfo do Juventus é se manter jovem e familiar. É esse ambiente descontraído que, de certa forma, também ajuda a movimentar a economia do bairro da Mooca.

DE OLHO NO CLIENTE TORCEDOR

O futebol é, sem dúvidas, uma paixão brasileira. Desde crianças até adultos acompanham diariamente o esporte, que em 2023 movimentou cerca de R$ 53 bilhões na economia do país, segundo um estudo desenvolvido pela consultoria EY em parceria com a Confederação Brasileira de Futebol (CBF). O montante representa 0,72% do Produto Interno Bruto (PIB) e mostra o impacto que cada time ou partida tem nas finanças de um torcedor.

Um levantamento realizado pelo Itaú Unibanco referente ao primeiro semestre de 2023 revelou que houve um aumento nos gastos feitos por torcedores com clubes de futebol. Segundo a pesquisa, os valores consumidos nas compras subiram 8% em relação ao mesmo período de 2022. Já o volume total de transações cresceu 6%.

Analisando pelo lado do entretenimento e pelas compras realizadas dentro do estádio - tanto de ingresso quanto de consumo -, o material indica que há um pilar fortíssimo que mexe diretamente no bolso do consumidor, o alimentício. A compra de itens industrializados representa 11% dos gastos dos torcedores, enquanto produtos de fast-food somam 7,5% e restaurantes 6,5%. Ou seja, 25% dos gastos desse público acontecem dentro dos estádios.

Na última Copa do Mundo, em 2022, um levantamento da Ticket, empresa de benefícios de alimentação e refeição, mostrou um aumento no consumo de bebidas e alimentos durante o campeonato. De acordo com o material, 39% daqueles que eram dispensados do trabalho pretendiam comprar comidas e bebidas para consumir durante as partidas e 33% planejavam fazer churrasco.

Na opinião de economistas, o consumo atrelado ao futebol é potente e na maioria das vezes apresenta uma demanda inelástica. Ou seja, não muda com o aumento dos preços ainda que esse tipo de despesa não seja considerada essencial. Isso porque tais vendas são movidas por paixão e transcendem a lógica esperada.

 

IMAGENS: Antônio Cannoli/redes sociais

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