Taxa de desemprego sobe para 6,6% no trimestre terminado em abril, diz IBGE
Houve leve alta de 0,1 ponto percentual em relação ao resultado do trimestre anterior. Número de desempregados totalizou 7,3 milhões de pessoas

A taxa de desocupação ficou em 6,6% no trimestre encerrado em abril, leve alta de 0,1 ponto porcentual em relação ao resultado do trimestre anterior. Ainda assim, é o menor índice para o período desde 2012. A taxa atual equivale a 7,3 milhões de desocupados no país, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados nesta quinta-feira, 29/5, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A população ocupada no trimestre fevereiro-abril era de 103,3 milhões de pessoas, equivalente a 58,2% da população em idade de trabalhar. A população desalentada – pessoas em condições de trabalhar, mas que desistiram de procurar emprego – somou 3,1 milhões no período.
O número de empregados no setor privado com carteira assinada (com exceção de trabalhadores domésticos) foi recorde: 39,6 milhões. Houve crescimento de 0,8% (mais 319 mil pessoas) no trimestre terminado em abril na comparação com o trimestre anterior. Já o número de empregados no setor público somou 12,7 milhões, alta de 1,8% em igual comparação. O número de trabalhadores por conta própria ficou em 26 milhões de pessoas, estável comparado ao trimestre terminado em janeiro.
O IBGE mostra ainda que 39,2 milhões de brasileiros trabalhavam na informalidade no trimestre terminado em abril, o equivalente a 37,9% da população ocupada.
Indicadores de emprego - IBGE
Indicador/Período | Fev-mar-abr 2025 | Nov-dez-jan 2025 | Fev-mar-abr 2024 |
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Taxa de desocupação | 6,60% | 6,50% | 7,50% |
Taxa de subutilização | 15,40% | 15,50% | 17,40% |
Rendimento real habitual | R$3.426 | R$3.414 | R$3.319 |
Rendimento - O rendimento real habitual de todos os trabalhos no trimestre fevereiro-abril foi de R$ 3.426, ficando estável em relação ao trimestre anterior. A massa de rendimento real habitual (soma dos rendimentos de todos os trabalhadores) no período chegou a R$ 349,4 bilhões, novo recorde.
Atividades - Seis das dez atividades econômicas registraram demissões no trimestre encerrado em abril comparado com o trimestre anterior. Houve redução na ocupação na agricultura (-74 mil trabalhadores), outros serviços (-109 mil), construção (-116 mil), alojamento e alimentação (-34 mil), serviços domésticos (-65 mil) e comércio (-55 mil).
Por outro lado, houve geração de postos de trabalho em administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (405 mil), indústria (176 mil), transporte (87 mil) e informação, comunicação e atividades financeiras, profissionais e administrativas (76 mil).
IMAGEM: Paulo Pampolin/DC