Concessões no crédito livre caem 1,4% em junho ante maio, afirma BC
Para pessoas físicas, caíram 0,4% no mês, para R$ 305,8 bilhões. Para empresas, recuaram 2,5% no mês, para R$ 264,2 bilhões

As concessões de crédito livre dos bancos caíram 1,4% em junho, na comparação com maio, para R$ 570 bilhões, informou o Banco Central nesta segunda-feira, 28/07. No acumulado de 12 meses, crescem 14,8%. Os dados não incorporam ajustes sazonais.
Concessões para pessoas físicas caíram 0,4% no mês, para R$ 305,8 bilhões. No acumulado de 12 meses, avançam 12,7%. As concessões para empresas recuaram 2,5% no mês, para R$ 264,2 bilhões. Em 12 meses, têm alta de 17,3%.
A taxa média de juros no crédito livre ficou estável na passagem de maio para junho, em 45,4%. Em junho de 2024, a taxa era de 40%.
O juro médio do crédito livre para pessoas físicas permaneceu em 58,3%. O dado de maio foi revisado. A taxa cobrada das empresas aumentou de 24,2% em maio (dado revisado) para 24,3% em junho.
A taxa do cheque especial aumentou de 135,0% (dado revisado) para 137,5%. A do crédito pessoal total saiu de 48,9% (revisado) para 49,9%.
O juro médio no crédito para aquisição de veículos ficou estável, em 27,6%, na passagem de maio para junho.
A taxa média no crédito total, que inclui operações livres e direcionadas (com recursos da poupança e do BNDES), oscilou de 31,6% (dado revisado) para 31,5%. Em junho de 2024, estava em 27,9%.
O Indicador de Custo de Crédito (ICC) passou de 23,0% (revisado) para 23,1%. O índice mostra o volume de juros pagos, em reais, por consumidores e empresas no mês, considerando todo o estoque de operações, dividido pelo próprio estoque. Na prática, reflete a taxa de juros média efetivamente paga pelo brasileiro nas operações de crédito contratadas no passado e ainda em andamento.
Consignado
As concessões de crédito consignado para trabalhadores do setor privado encolheram 16,2% em junho na comparação com maio, segundo o Banco Central. Ao todo, somaram R$ 2,587 bilhões - ainda em alta de 43,1% frente ao mesmo período de 2024. Os números refletem o impulso do novo modelo de consignado privado, o Crédito do Trabalhador, lançado pelo governo no fim de março.
O saldo da modalidade cresceu 2,6% em junho, para um total de R$ 46,437 bilhões. A taxa média de juros do consignado privado aumentou de 55,6% ao ano em maio (dado revisado) para 56,3% em junho.
Para aposentados e pensionistas - O saldo de empréstimos consignados para beneficiários do INSS caiu 1,1% em junho, na comparação com maio. A baixa reflete a adoção de medidas restritivas por parte do órgão, após o escândalo de descontos feitos sem autorização de aposentados e pensionistas.
As concessões de crédito consignado para aposentados e pensionistas cresceram 3,0% entre maio e junho, mas têm queda de 25,9% no acumulado do ano e de 9,3% nos últimos 12 meses.
A concessão total e R$ 3,202 bilhões no mês passado foi 61,7% menor do que a observada em junho de 2024, de R$ 8,356 bilhões.
O INSS voltou a liberar as concessões de consignados no fim de maio, mas passou a exigir que o segurado autorize a operação por meio de uma biometria realizada no aplicativo "Meu INSS." A biometria é obrigatória para que bancos e outras instituições financeiras consultem a margem consignável e eventuais pedidos de portabilidade.
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