Febraban: 50 milhões de cheques foram compensados no 1º semestre, recuo de 21,9%
Em queda desde a década de 1990, a modalidade é utilizada principalmente no comércio. No semestre, o valor médio dos cheques compensados foi de R$ 4.118, alta de 14,2% na comparação com 2024

No primeiro semestre de 2025 foram compensados 50 milhões de cheques no país, que movimentaram R$ 211 bilhões em valor financeiro, segundo levantamento feito pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban). O número de transações é 21,9% menor que o registrado no mesmo período do ano passado, quando foram compensados 64 milhões de cheques, que movimentaram R$ 236 bilhões.
O levantamento tem como base o Sistema de Compensação de Cheques e Outros Papéis (Compe), mecanismo interbancário brasileiro que processa e liquida cheques e outros documentos de crédito, regulado pelo Banco Central do Brasil (BCB).
Apesar do recuo no semestre, o valor médio dos cheques aumentou 14,2% no período, revelando que o brasileiro ainda tem preferência por este meio de pagamento nas transações de maior valor. Em 2025, o valor médio dos cheques compensados foi de R$ 4.118, contra R$ 3.606 em 2024.

“O cheque ainda é mantido por comerciantes para parcelamentos ou como forma de crédito e pagamento a fornecedores”, avalia Walter Faria, diretor-adjunto de Serviços e Segurança da Febraban.
Segundo Faria, as empresas são responsáveis por mais de 50% dos cheques emitidos, geralmente devido à relação de confiança com fornecedores e maior prazo para pagamentos. “Entre pessoas físicas, os cheques ainda são utilizados tanto pela confiança entre clientes e lojistas quanto pela possibilidade de obtenção de melhores condições de pagamento, como descontos e prazos maiores, além de não exigir limite de crédito disponível”, explica.

IMAGEM: Fábio d'Castro/DC