Índice Abrasel-Stone: vendas em bares e restaurantes crescem 0,4% em julho
Resultado do mês 'é animador e traz boa expectativa para o segundo semestre', diz Paulo Solmucci presidente da Abrasel

As vendas no setor de bares e restaurantes cresceram 0,4% em julho, na comparação com junho, segundo dados do Índice Abrasel-Stone, relatório mensal divulgado pela Stone em parceria com a Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes). Na comparação com julho de 2024, as vendas recuaram 0,9%.
O Índice monitora o desempenho do setor de alimentação fora do lar a partir da base transacional da Stone. Dos 24 estados contemplados pelo levantamento, sete apresentaram crescimento nas vendas na comparação anual: Rio Grande do Norte e Maranhão (3,3%), Piauí (2,7%), Paraná e São Paulo (1%), Goiás (0,3%) e Roraima (0,1%).
Já os estados com desempenho negativo são: Pará (6,8%), Tocantins (5,9%), Mato Grosso (5,6%), Alagoas (5%), Bahia (4,8%), Rondônia (3,4%), Rio Grande do Sul e Santa Catarina (2,9%), Pernambuco (2,8%), Paraíba e Minas Gerais (2,3%), Rio de Janeiro (2,1%), Espírito Santo (1,3%), Mato Grosso do Sul (0,6%), Ceará (0,5%) e Amazonas (0,4%). Sergipe manteve estabilidade.
Segundo Guilherme Freitas, economista e pesquisador da Stone, o mês de julho trouxe um alívio pontual para o setor, mas ainda dentro de um cenário desafiador. “Após a queda expressiva registrada em junho, o setor de bares e restaurantes voltou a crescer em julho, impulsionado, em parte, pelo avanço do mercado de trabalho e pela queda na taxa de desemprego.”
Mas, segundo o economista, o ritmo mais moderado na geração de empregos, aliado ao alto comprometimento da renda das famílias com dívidas e à inflação ainda elevada no segmento de alimentação fora do domicílio, mantém a pressão sobre o consumo. “Esse conjunto de fatores indica que a recuperação deve ser gradual e requer atenção, especialmente para negócios que dependem diretamente do poder de compra dos consumidores."
Para o presidente da Abrasel, Paulo Solmucci, “as férias escolares trouxeram bom movimento principalmente às cidades mais turísticas, mas mesmo os centros urbanos mantiveram um nível de consumo positivo. O resultado do mês é animador e traz boa expectativa para o segundo semestre.”
IMAGEM: Andrei Bonamin/DC