Milhares vão às ruas em manifestações de apoio a Bolsonaro
Na Avenida Paulista, ato foi marcado por críticas aos deputados do centrão e ao STF, discursos exaltados em defesa da reforma da Previdência, da CPI ‘Lava Toga’ e exaltação ao pacote anticrime

Milhares de manifestantes foram às ruas de cidades brasileiras neste domingo (26/05), em apoio ao presidente Jair Bolsonaro e em defesa de temas como a reforma da Previdência e o pacote anticrime do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro. As mobilizações mais significativas foram registradas em São Paulo e no Rio.
A pauta dos atos foi marcada também por ataques ao Congresso, personificados no presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e ao Supremo Tribunal Federal (STF).
O atos foram classificados por Bolsonaro como espontâneos e como um recado “para aqueles que, com suas velhas práticas, não deixam que o povo se liberte”.
Há registros de manifestações em todos os 26 Estados e o Distrito Federal.
Um dos principais nomes do Centrão, o líder do DEM, deputado Elmar Nascimento (BA), defendeu o “diálogo” e o respeito às “opiniões divergentes” após o Congresso ser um dos principais alvos de manifestantes nas ruas. Em nota, Elmar mandou um recado aos apoiadores do presidente Jair Bolsonaro: “Ninguém governa sozinho”.
Convocada pelas redes sociais, a manifestação na Avenida Paulista foi marcada por críticas aos deputados do centrão e ao STF, discursos exaltados em defesa da reforma da Previdência, da CPI ‘Lava Toga’ e exaltação ao pacote anticrime do ministro Sérgio Moro.
O número de manifestantes foi visivelmente menor que nas manifestações pelo impeachment de Dilma Rousseff, mas a Polícia Militar não fez estimativas.
O maior foco de concentração de público foi no trecho entre a Rua Peixoto Gomide e a FIESP. Os manifestantes se concentraram ao redor de sete carros de som espalhados por oito quarteirões da Paulista, entre a Avenida Brigadeiro Luís Antônio e a Rua Augusta.
Estacionado na esquina da Avenida Paulista com Peixoto Gomide, o caminhão do Nas Ruas foi o ponto de encontro dos políticos presentes (a maioria do PSL) e também o principal foco de aglomeração de manifestantes.
O grupo ocupou o espaço que nas manifestações de 2014 foi do Movimento Brasil Livre e do Vem Pra Rua — as duas organizações optaram por não apoiar o movimento em defesa de Jair Bolsonaro.
O Nas Ruas levou um boneco inflável gigante do presidente e tocou o jingle de campanha de Bolsonaro. Os parlamentares presentes minimizaram as palavras de ordem mais radicais que pregavam o fechamento do Congresso e intervenção no STF.
FOTO: YouTube/Reprodução