Para economizar, brasileiro descarta restaurantes e leva marmita ao trabalho

A mudança no comportamento do consumidor causada pela inflação de alimentos tem afetado o setor de alimentação fora de casa. Para economizar, as pessoas levam marmita para o trabalho com mais frequência, pedem menos refeições pelo delivery e reduzem as idas a bares e restaurantes.  

Esse panorama foi identificado em levantamento feito pela Galunion, empresa especializada no setor de foodservice, entre os dias 25 e 31 de março, com 1.008 entrevistados em todo o país. Entre os ouvidos pelo estudo, 90% afirmaram que reduziram gastos com refeições fora de casa.

Uma das alternativas para economizar dinheiro é levar marmita para o trabalho, rotina apontada por 62% dos entrevistados. Para não comprometer o orçamento, 48% dos consumidores ouvidos pela Galunion também informaram que frequentam menos bares e casas de shows, e 45% estão indo menos a restaurantes e lanchonetes.

Além disso, 48% dos entrevistados relataram uma menor frequência às praças de alimentação de shoppings.

Os pedidos de refeições via delivery também estão em queda, segundo o levantamento. Entre abril de 2024 e março de 2025, o número de consumidores que fazem pedidos via delivery caiu 11 pontos percentuais, passando de 92% para 81%.

“Esse cenário é reflexo de um conjunto de pressões, desde a inflação e o aumento dos custos de produção até os efeitos das variações cambiais e das condições climáticas sobre a cadeia de suprimentos. No foodservice, isso tem provocado uma mudança importante no comportamento do consumidor, que passa a repensar sua frequência de consumo fora do lar e a fazer escolhas mais racionais e acessíveis, buscando equilíbrio entre prazer, valor percebido e orçamento disponível”, diz Simone Galante, CEO da Galunion.

Fator preço

Nesse cenário, os consumidores buscam preços menores e promoções. Entre as ações para reduzir gastos mais praticadas pelos consumidores que participaram do levantamento, 38% aproveitam promoções, cupons ou descontos. A pesquisa ainda mostra que, para 57% dos respondentes, um dos motivos que mais os agrada são os benefícios ou descontos em dinheiro, como cashback.

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