Estoque total de crédito sobe 0,4% em julho na variação mensal, para R$ 6,7 tri

O saldo para pessoas físicas avançou 0,6% em julho e 11,5% em 12 meses. Para empresas, recuou 0,1% no mês, mas avançou 9,5% em 12 meses

Estadão Conteúdo
27/Ago/2025
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O saldo das operações de crédito do sistema financeiro aumentou 0,4% entre junho e julho, informou o Banco Central nesta quarta-feira, 27/08. O estoque atingiu R$ 6,716 trilhões, uma alta de 10,7% no acumulado de 12 meses.

O saldo para pessoas físicas avançou 0,6% em julho e 11,5% em 12 meses. Para empresas, cedeu 0,1% no mês, mas ainda com alta de 9,5% em 12 meses.

O estoque de crédito livre aumentou 0,7% em julho. O do crédito direcionado, com recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e poupança, subiu 0,2% na mesma comparação.

Entre os recursos livres, os saldos para pessoas físicas avançaram 0,1%. Para pessoas físicas, recuaram 0,1%.

O total de operações de crédito em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) passou de 54,6% em junho para 54,5% em julho. 

Habitação e veículos - O estoque das operações de crédito direcionado para habitação no segmento pessoa física cresceu 0,9% em julho, na comparação com junho, informou o Banco Central. O saldo atingiu R$ 1,244 trilhão, uma alta de 12,0% em 12 meses.

O estoque de operações de crédito livre para compra de veículos por pessoa física cresceu 1,4% em junho, para R$ 372,104 bilhões. No acumulado de 12 meses, sobe 15,9%. 

Setores - O saldo de crédito para as empresas do setor agropecuário subiu 0,7% em julho, na comparação com junho, para R$ 54,110 bilhões. Em 12 meses, teve alta de 2,2%.

O saldo para a indústria recuou 0,3%, para R$ 956,434 bilhões, e tem alta de 8,0% em 12 meses.

O montante destinado ao setor de serviços cedeu 0,4%, para R$ 1,540 trilhão. No acumulado de 12 meses, subiu 10,8%.

O saldo do crédito para pessoa jurídica com sede no exterior e créditos não classificados ("outros") aumentou 32,4%, para R$ 7,474 bilhões. Em 12 meses, avançou 64,1%. 

BNDES - O saldo de financiamentos do BNDES para empresas aumentou 1,8% em julho, na comparação com junho, informou o Banco Central. O estoque atingiu R$ 448,019 bilhões, uma alta de 8,4% em 12 meses.

As linhas de financiamento agroindustrial do BNDES cresceram 1,5% em julho. O financiamento de investimentos aumentou 1,8%, e o crédito para capital de giro cresceu 1,4% na mesma comparação. 

Crédito ampliado ao setor não financeiro - Segundo o BC, o crédito ampliado ao setor não financeiro cresceu 0,9% em julho, na comparação com junho, para R$ 19,527 trilhões. O montante equivale a 158,5% do PIB brasileiro.

O crédito ampliado inclui empréstimos no Sistema Financeiro Nacional (SFN) e operações com títulos públicos e privados, entre outros. É uma métrica que permite uma visão ampla sobre como empresas, famílias e o governo geral estão se financiando.

O saldo do crédito ampliado para empresas cresceu 1,2% em julho, para 54,6% do PIB. 

Concessões - As concessões de crédito livre dos bancos aumentaram 0,5% em julho, na comparação com junho, para R$ 571,4 bilhões. No acumulado de 12 meses, crescem 12,8%. Esses dados não incorporam ajustes sazonais.

Concessões para pessoas físicas cresceram 4,4% no mês, para R$ 317,6 bilhões. No acumulado de 12 meses, avançam 11,1%.

As concessões para empresas recuaram 4,0% no mês, para R$ 253,8 bilhões. Em 12 meses, têm alta de 14,7%.

As concessões de crédito caíram 0,3% em julho, na comparação com junho e na série com ajuste sazonal, informou o Banco Central. As concessões para pessoas físicas diminuíram 2,0%. Para empresas, avançaram 2,5%. 

Concessões dessazonalizadas - Já as concessões no crédito livre dessazonalizadas, sem recursos do BNDES ou da poupança, cresceram 0,8%, com baixa de 0,9% para pessoas físicas e alta de 3,2% para empresas.

Concessões no crédito direcionado, com recursos do BNDES e da poupança, caíram 1,4% em julho, na série com ajuste. Elas tiveram baixa de 5,7% no segmento de pessoas físicas e, no segmento de empresas, encolheram 1,8%.

Juro do rotativo

O juro médio total cobrado pelos bancos no rotativo do cartão de crédito subiu 6,1 pontos porcentuais entre junho e julho, de 440,5% (dado revisado) para 446,6% ao ano, informou o BC. A taxa do parcelado passou de 182,5% para 181,7% ao ano.

Considerando o juro total do cartão de crédito, que leva em conta operações do rotativo e do parcelado, a taxa passou de 88,8% (dado revisado) para 88,1%.

O Congresso definiu em lei que os juros do rotativo e do parcelado não poderiam ultrapassar 100% do principal da dívida. O teto para os juros e encargos da modalidade passou a valer em janeiro de 2024. As taxas apresentadas pelo BC podem sugerir que os bancos estejam descumprindo a lei, mas o que acontece é apenas um registro estatístico. Para chegar às taxas anuais, a autoridade monetária extrapola o juro cobrado ao mês pela instituição financeira para o ano. Essa taxa nem sempre é efetivada, já que os consumidores normalmente ficam "pendurados" no cartão por apenas dias ou semanas.

O BC não pretende descontinuar essa série histórica, que serve como referência para mostrar a velocidade de aumento ou redução dos juros e também é um dos componentes para se chegar à taxa cobrada pelo sistema como um todo.

 

IMAGEM: SXC

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