Facesp e CACB debatem proposta de reforma tributária
Para Alfredo Cotait Neto, presidente da Facesp, os empreendedores esperam uma reforma que desonere a folha salarial

A diretoria da Facesp e o Conselho Deliberativo da Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB) receberam, durante reunião realizada nesta terça-feira (30/07), na capital paulista, o presidente do Instituto Brasil 200, Gabriel Kanner, que apresentou a proposta de reforma tributária defendida pelo grupo.
Este é mais um encontro que coloca a Facesp e a CACB como protagonistas no debate sobre os rumos da economia brasileira.
Na segunda-feira (29/07), foi a vez de o economista Bernard Appy, coordenador do Centro de Cidadania Fiscal, detalhar a proposta elaborada por ele e que já está em tramitação no Congresso Nacional. (Veja mais no link: https://bit.ly/2KbFUQx ).
“Nossa proposta expande a base de tributação, moderniza e simplifica o sistema tributário brasileiro, que hoje é considerado o pior do mundo”, afirmou Kanner, durante o encontro, realizado na sede da Associação Comercial de São Paulo (ACSP). “Defendemos o Imposto Único porque ele é a única maneira de quebrar paradigmas e implantar, no Brasil, um modelo moderno de tributação”, ressaltou.
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O presidente da Facesp, Alfredo Cotait Neto, afirmou que os empreendedores esperam uma reforma tributária que desonere a folha salarial.
“É um absurdo taxar salário em um País com tantos desempregados. Nossa rede é grande e muito organizada e não podemos ficar à margem desta discussão. Somos totalmente favoráveis a um sistema de tributação com desonerações e com uma alíquota pequena sobre transações financeiras. Este modelo vai possibilitar a criação de novos postos de trabalho e uma deflação”, avaliou ele. “O Imposto Único é um sonho que precisa ser perseguido e tem o nosso total apoio”, disse Cotait.
Já o presidente da CACB, George Pinheiro, ressaltou que os empreendedores têm a chance de contribuir com a elaboração de uma proposta que possibilite a retomada da economia.
“Pela primeira vez em muitos anos, os empresários estão sendo ouvidos. Cabe a nós, enquanto uma rede que representa a classe que mais gera emprego e renda no País, participar ativamente deste debate; por isso, recebemos o Appy e, agora, o Brasil 200”, frisou.