Impostômetro: brasileiros pagaram quase R$ 3 trilhões em tributos no ano

O montante, que vai para os caixas dos governos federal, estaduais e municipais, será atingido na terça-feira 07/10

Redação DC
06/Out/2025
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Impostômetro: brasileiros pagaram quase R$ 3 trilhões em tributos no ano

O Impostômetro da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) registra na próxima terça-feira, 07/10, o valor de R$ 3 trilhões, montante que representa a soma de impostos, taxas e contribuições pagos pelos brasileiros aos governos federal, estaduais e municipais, do início do ano até então.

O valor será alcançado 25 dias antes quando comparado com o ano passado, quando a soma apareceu no painel somente no dia 1º de novembro. Isso revela que o ritmo da arrecadação cresceu 9,37% no intervalo de um ano.

Segundo Ulisses Ruiz de Gamboa, economista da ACSP, essa antecipação é resultado de uma combinação de fatores que impulsionaram a arrecadação. “Entre eles, destaca-se o aquecimento da atividade econômica”, explica o economista, que também aponta a inflação como um fator relevante, já que o sistema tributário brasileiro é fortemente baseado em tributos sobre o consumo, que incidem diretamente sobre os preços de bens e serviços.

Além disso, outras medidas contribuíram para o aumento na arrecadação:

- Tributação de fundos exclusivos e offshores;

- Mudanças nas regras de subvenções concedidas por estados;

- Retomada da tributação sobre combustíveis;

- Cobrança de impostos sobre apostas online (bets);

- Taxação de encomendas internacionais (como a chamada “taxa das blusinhas”);

- Reoneração gradual da folha de pagamentos;

- Fim dos incentivos fiscais ao setor de eventos (PERSE);

- Aumento de alíquotas do ICMS;

- Elevação do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).

Gasto Brasil

Já os gastos dos governos, estimados pelo Gasto Brasil, outra ferramenta das associações comerciais, somam R$ 3,98 trilhões, ou seja, quase R$ 1 trilhão a mais que o valor arrecadado.

“Esse desequilíbrio entre arrecadação e despesas primárias é preocupante porque mostra que o Brasil está operando no vermelho mesmo antes de pagar os juros da dívida. Isso compromete a sustentabilidade fiscal e pressiona ainda mais a necessidade de ajustes estruturais nas contas públicas”, avalia Ruiz de Gamboa.

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IMAGEM: Agliberto Lima/DC

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