IPCA-15, tido como a prévia da inflação, recua 0,14% em agosto, informa IBGE
Os três grupos de maior peso no indicador: Habitação, Alimentação e bebidas e Transportes, registraram quedas. São Paulo foi a única região, entre as onze analisadas, com variação positiva no índice

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) recuou 0,14% em agosto, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira, 26/08. No ano, acumula alta de 3,26% e, em 12 meses, de 4,95%. Em agosto de 2024, havia registrado 0,19%.
Na passagem de julho para agosto, quatro dos nove grupos analisados tiveram queda, entre eles os três de maior peso no índice: Habitação (-1,13%), Alimentação e bebidas (-0,53%) e Transportes (-0,47%). A quarta queda aparece em Comunicação (-0,17%).
Tiveram altas os grupos Despesas pessoais (1,09%), Educação (0,78%), Saúde e cuidados pessoais (0,64%), Vestuário (0,17%) e Artigos de residência (0,03%).
Segundo o IBGE, a queda registrada no grupo Habitação veio da contribuição de -0,20 p.p. da energia elétrica residencial, que recuou 4,93% em agosto em decorrência da incorporação do Bônus de Itaipu, creditado nas faturas emitidas no mês de agosto.
O grupo Alimentação e bebidas registrou queda na média de preços pelo terceiro mês consecutivo, com a alimentação no domicílio recuando 1,02% em agosto. Contribuíram para esse resultado as quedas da manga (-20,99%), da batata-inglesa (-18,77%), da cebola (-13,83%), do tomate (-7,71%), do arroz (-3,12%) e das carnes (-0,94%). Já a alimentação fora do domicílio subiu 0,71% em agosto em virtude das altas no lanche (1,44%) e na refeição (0,40%).
O resultado do grupo Transportes foi impulsionado pelas quedas nas passagens aéreas (-2,59%.), no automóvel novo (-1,32%) e na gasolina (-1,14%). No grupamento dos combustíveis (-1,18%) também recuaram o óleo diesel (-0,20%), o gás veicular (-0,25%) e o etanol (-1,98%).
Pelo lado das altas, o IBGE destaca a maior pressão do grupo Despesas pessoais pelo reajuste nos jogos de azar (11,45%), vigente desde 09 de julho.
Já o grupo Educação incorporou reajustes nos cursos regulares (0,80%), principalmente por conta dos subitens ensino superior (1,24%) e ensino fundamental (0,68%). A alta dos cursos diversos (0,93%) foi influenciada pelos cursos de idiomas (1,85%).
Em Saúde e cuidados pessoais, as maiores contribuições vêm dos itens de higiene pessoal (1,07%) e do plano de saúde (0,51%), que reflete a incorporação dos reajustes autorizados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
Regiões
Quanto aos índices das onze regiões analisadas, a única variação positiva foi encontrada em São Paulo, alta de 0,13% na passagem de julho para agosto. O IBGE informa que a elevação dos preços na região teve influência das altas dos cursos regulares (1,14%) e da higiene pessoal (1,33%).
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