Taxa de desemprego fica em 5,6% no trimestre até agosto, informa IBGE
O desemprego se manteve estável em relação ao trimestre anterior. Já os empregos formais totalizaram 39,118 milhões, 149 mil vagas a mais em um trimestre, renovando o recorde da série histórica iniciada em 2012

A taxa de desocupação no Brasil ficou em 5,6% no trimestre encerrado em agosto, de acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados nesta terça-feira, 30/09, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em igual período do ano anterior, a taxa de desemprego medida pela Pnad Contínua estava em 6,6%.
A taxa de desocupação de 5,6% registrada no trimestre terminado em agosto repetiu o patamar do trimestre terminado em julho, mantendo-se assim no menor resultado em toda a série histórica da Pnad Contínua, iniciada em 2012 pelo IBGE.
Empregos formais - O país registrou novo recorde no número de trabalhadores atuando com carteira assinada no setor privado, que totalizou 39,118 milhões de trabalhadores, 149 mil vagas a mais em um trimestre. Em um ano, esse contingente cresceu em 1,232 milhão de pessoas.
O número de empregados sem carteira assinada no setor privado totalizou 13,508 milhões. O número de trabalhadores por conta própria foi de 25,933 milhões.
O montante trabalhando no setor público ficou em 12,850 milhões de pessoas.
O nível da ocupação - porcentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar - saiu de 58,6% no trimestre até maio para 58,8% no trimestre até agosto, mantendo-se assim no maior patamar da série histórica iniciada em 2012. No trimestre móvel terminado em julho de 2025, o nível da ocupação também estava em 58,8%.
Massa de renda - A massa de salários em circulação na economia renovou patamar recorde no trimestre encerrado em agosto, totalizando R$ 352,596 bilhões. Segundo William Kratochwill, analista da pesquisa do IBGE, os avanços na renda e na massa salarial podem ajudar a explicar a resiliência do mercado de trabalho, uma vez que são fatores que estimulam o ciclo virtuoso da economia, gerando mais consumo e mais emprego. "Naturalmente, quanto mais dinheiro circulando, mais a economia pode ser estimulada", disse Kratochwill.
O resultado da massa de renda significou um aumento de R$ 17,912 bilhões no período de um ano, alta de 5,4% no trimestre encerrado em agosto de 2025 ante o trimestre terminado em agosto de 2024. Na comparação com o trimestre terminado em maio de 2025, a massa de renda real cresceu 1,4% no trimestre terminado em agosto, R$ 4,922 bilhões a mais.
O rendimento médio de quem está trabalhando se manteve nos maiores patamares da série, aos R$ 3.488. O rendimento médio dos trabalhadores ocupados teve uma alta real de 0,9% na comparação com o trimestre até maio, R$ 31 a mais.
Em relação ao trimestre encerrado em agosto de 2024, a renda média real de todos os trabalhadores ocupados subiu 3,3%, R$ 111 a mais.
A renda nominal, ou seja, antes que seja descontada a inflação no período, cresceu 1,6% no trimestre terminado em agosto ante o trimestre encerrado em maio. Já na comparação com o trimestre terminado em agosto de 2024, houve elevação de 8,7% na renda média nominal.