Associação Comercial de São Paulo agora zela pela Praça Manoel da Nóbrega
Trata-se de uma parceria com a prefeitura paulistana. O lugar, que estava abandonado (à dir.), começa a ganhar um novo aspecto. A ACSP também vai fazer a manutenção do Pátio do Colégio

A Praça Manoel da Nóbrega –localizada em frente ao Pátio do Colégio, no centro histórico de São Paulo -, está sendo revitalizada. O verde voltou, assim como a limpeza.
Um dos vários pontos da região tomados por moradores em situação de rua, o lugar foi adotado pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP), por um período de dois anos, e começa a receber atenção e ser cuidado.

Uma das primeiras providências da ACSP foi retirar os gradis da praça. Os obstáculos impediam a livre circulação pelo espaço.
A grama foi reimplantada e duas vezes por semana um jardineiro vai ao local para realizar o trabalho de manutenção.
O próximo passo será colocar lâmpadas nas proximidades da banca de jornais e revistas que fica bem em frente ao Pátio do Colégio e que, atualmente, também por causa da falta de iluminação, é usado pelos moradores em situação de rua para fazer suas necessidades fisiológicas.
O mau cheiro também era um dos problemas da praça.
Comerciantes da região relatam que o logradouro havia se transformado em um imenso banheiro público. Devido à sujeira, ratos e baratas invadiram a área e levavam pânico para quem utilizava as vias próximas em direção à Rua 25 de Março, muito procurada por paulistanos e turistas que costumam vir à cidade para fazer compras.
O trabalho de zeladoria é fruto de uma parceria entre a ACSP e a prefeitura paulistana. O acordo foi feito entre Alencar Burti, presidente licenciado da entidade, com a prefeitura, ainda na gestão de João Doria.
Trata-se da iniciativa “Adote uma praça”.

Priscila Prado, responsável pelo setor de Manutenção Predial da ACSP, lembra que o serviço de zeladoria e manutenção do Pátio do Colégio também está sob a responsabilidade da entidade.
“O Monumento aos fundadores da cidade, que fica logo na entrada do pátio, ganhará dois mastros para as solenidades que normalmente são realizadas no local”, afirma ela.
Bruno Henrique Gerent é dono da Vest Casa, loja de artigos para cama, mesa e banho, da Ladeira General Carneiro, 41, uma das vias próximas à praça e que termina na Rua 25 de março.
Há três anos como comerciante na região, ele conta que a praça “era um lugar abandonado, com muito lixo. Era um morro abandonado, com muitas baratas e ratos. Era deplorável”, afirma Bruno.
Bruno diz que muitos clientes de sua loja estão satisfeitos com o processo de revitalização da praça.
“Os clientes falam que mudou bastante. Eu gosto do que estou vendo. Ficou agradável para trabalhar”, afirmou.
Brendo Ferreira Rodrigues é o jardineiro que vai à praça duas vezes por semana para o trabalho de manutenção. Sua missão não tem sido nada fácil.
Brendo conta que sempre quando volta à praça, tem de refazer o trabalho realizado.
“Faço a manutenção às terças e sextas. Os moradores de rua danificam tudo. Tudo bem, este é o meu trabalho. Mas há também as pessoas que elogiam o que está sendo feito aqui. Muitas pessoas se aproximam para elogiar”, afirma Brendo, um cearense que veio com a família para São Paulo assim que nasceu.
FOTOS E VÍDEO: William Chaussê