Em telefonema de 30 minutos, Lula pede a Trump fim do tarifaço
Foi uma conversa amistosa, segundo o governo brasileiro, na qual ambos os líderes concordaram em se encontrarem pessoalmente em breve

O governo federal informou que Lula e Donald Trump conversaram na manhã desta segunda-feira, 06/10, em telefonema que durou cerca de 30 minutos, sobre a relação atual entre Brasil e Estados Unidos. O tom da conversa foi “amistoso”, segundo nota do governo brasileiro à imprensa.
O comunicado diz que os presidentes “reiteraram a impressão positiva” do rápido encontro em Nova York, durante a Assembleia Geral da ONU, em 23 de setembro, quando Trump afirmou que teve uma “química excelente” com o presidente brasileiro. O comunicado do governo federal diz ainda que os dois presidentes trocaram telefones para estabelecer via direta de comunicação.
Lula aproveitou o telefonema desta segunda-feira para solicitar a retirada da sobretaxa de 40% imposta a produtos nacionais e das medidas restritivas aplicadas contra autoridades brasileiras, lembrando que o Brasil é um dos três países do G20 com quem os Estados Unidos mantêm superávit na balança de bens e serviços.
“O presidente Trump designou o secretário de Estado Marco Rubio para dar sequência às negociações com o vice-presidente Geraldo Alckmin, o chanceler Mauro Vieira e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.”
Ambos os líderes, diz a nota do governo brasileiro, acordaram encontrar-se pessoalmente em breve. “O presidente Lula aventou a possibilidade de encontro na Cúpula da Asean, na Malásia; reiterou convite a Trump para participar da COP30, em Belém (PA); e também se dispôs a viajar aos Estados Unidos.”
Percepção de Trump
Em sua rede social, a Truth Social, Trump informou que a conversa com Lula foi boa. “Nós discutimos muitas coisas, principalmente sobre economia e comércio entre os dois países. Teremos novas discussões e nos reuniremos em um futuro não muito distante, tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos. Eu gostei da ligação telefônica, nossos países irão muito bem juntos!".
IMAGEM: Ricardo Stuckert/PR