IBGE: taxa de desemprego cai a 5,8% no trimestre terminado em junho
É o menor nível de desemprego registrado desde o início da série histórica, em 2012. População ocupada somou 102,3 milhões de pessoas

A taxa de desemprego ficou em 5,8% no trimestre encerrado em junho, a menor da série histórica do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) iniciada em 2012. Na comparação com o trimestre imediatamente anterior, a taxa recuou 1,2 ponto percentual. No confronto com igual período do ano passado, a queda no desemprego foi de 1,1 ponto percentual.
A partir desta divulgação, as estimativas dos trimestres móveis da PNAD Contínua foram atualizadas e reponderadas para refletir as novas estimativas populacionais do IBGE, baseadas no Censo 2022.
A população desocupada totalizou 6,3 milhões de pessoas no trimestre, recuo de 17,4%, ou menos 1,3 milhão de pessoas nesta situação, em relação ao trimestre anterior.
Já a população ocupada somou 102,3 milhões de pessoas, recorde da série histórica, de acordo com o IBGE, aumentando 1,8% (mais 1,8 milhão) entre trimestres. O nível de ocupação - percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar - chegou a 58,8%.
Já a população desalentada – pessoas em idade de trabalhar, mas que desistiram de buscar emprego – somou 2,8 milhões no trimestre terminado em junho, queda de 13,7% (436 mil pessoas a menos) na comparação com o trimestre anterior.
Indicadores de emprego
Indicador | Abr-mai-jun 2025 | Jan-fev-mar 2025 | Abr-mai-jun 2024 |
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Taxa de desocupação | 5,8% | 7,0% | 6,9% |
Taxa de subutilização | 14,4% | 15,9% | 16,4% |
Rendimento real habitual | R$ 3.477 | R$ 3.440 | R$ 3.367 |
No setor privado, o número de empregados totalizou 52,6 milhões de pessoas no trimestre, alta de 1,3%, ou mais 696 mil pessoas, no confronto com o trimestre anterior. Os empregados com carteira assinada, excluindo trabalhadores domésticos, chegaram ao recorde de 39,0 milhões de pessoas, alta de 0,9% (mais 357 mil pessoas) no trimestre. Já o número de empregados sem carteira no setor privado somou 13,5 milhões, alta de 2,6% (mais 338 mil pessoas).
O número de empregados no setor público chegou a 12,8 milhões de pessoas, recorde da série, com alta de 5,0% (mais 610 mil pessoas) na comparação trimestral.
Também foi recorde no trimestre terminado em junho o número de trabalhadores por conta própria (25,8 milhões), com alta de 1,7% (mais 426 mil pessoas) no confronto com o trimestre anterior.
A taxa de informalidade foi de 37,8% da população ocupada (ou 38,7 milhões de trabalhadores informais), contra 38,0% (ou 38,2 milhões) no trimestre encerrado em março de 2025.
Rendimento - O rendimento real habitual de todos os trabalhos cresceu 1,1% na comparação entre trimestres, para R$ 3.477, também um recorde da série, segundo o IBGE. A massa de rendimento real habitual - soma dos rendimentos de todos os trabalhadores - totalizou R$ 351,2 bilhões, mais um recorde, crescendo 2,9% entre trimestres.
IMAGEM: Paulo Pampolin/DC