Mercado de trabalho segue forte e absorvendo mão de obra, avalia IBGE

Com taxa de desocupação em 5,8% no segundo trimestre, a menor da série histórica, os indicadores mostram sinais positivos, como a redução da informalidade, elevação nas contratações com carteira assinada e o aumento na renda média

Redação DC
15/Ago/2025
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Mercado de trabalho segue forte e absorvendo mão de obra, avalia IBGE

O detalhamento dos números do desemprego do segundo trimestre de 2025 mostra que o mercado de trabalho segue aquecido, com ocupação e renda em alta, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que divulgou nesta sexta-feira, 15/08, os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua).

A taxa de desocupação, em 5,8%, é a menor da série histórica do indicador, iniciada em 2012. Entre homens, no segundo trimestre, ficou em 4,8%, sendo que ela sobe para 6,9% entre as mulheres. Por cor ou raça, essa taxa ficou abaixo da média nacional para os brancos (4,8%) e acima para os pretos (7,0%) e pardos (6,4%).

A taxa de desocupação para as pessoas com ensino médio incompleto foi de 9,4% no período, maior que as dos demais níveis de instrução analisados. Para as pessoas com nível superior incompleto, a taxa foi de 5,9%, e para o nível superior completo, de 3,2%.

No Brasil, o percentual de empregados com carteira assinada no setor privado foi de 74,2% no segundo trimestre de 2025. Os maiores percentuais de empregados com carteira estavam em Santa Catarina (87,4%), São Paulo (82,9%) e Rio Grande do Sul (81,2%), e os menores, no Maranhão (53,1%), Piauí (54,5%) e Paraíba (54,6%).

O percentual da população ocupada do país trabalhando por conta própria foi de 25,2%. Os maiores percentuais foram de Rondônia (35,3%), Maranhão (31,8%) e Amazonas (30,4%) e os menores, do Distrito Federal (18,6%), Tocantins (20,4%) e Mato Grosso do Sul (21,4%).

A taxa de informalidade para o Brasil foi de 37,8% da população ocupada. As maiores taxas ficaram com Maranhão (56,2%), Pará (55,9%) e Bahia (52,3%) e as menores, com Santa Catarina (24,7%), Distrito Federal (28,4%) e São Paulo (29,2%).

O rendimento real mensal habitual foi de R$ 3.477. Houve alta nas duas comparações: frente ao trimestre imediatamente anterior (R$ 3.440) e ante o mesmo trimestre de 2024 (R$ 3.367).

Na comparação trimestral, o Sudeste foi a única região com alta estatisticamente significante do rendimento, que ficou em R$ 3.914, enquanto nas demais houve estabilidade. Frente ao 2º trimestre de 2024, o rendimento cresceu no Sudeste e no Sul (R$ 3.880), com estabilidade nas demais regiões.

Análise

William Kratochwill, analista da pesquisa do IBGE, lembra que o mercado de trabalho já tinha contrariado no primeiro trimestre de 2025 uma tendência sazonal de dispensa de trabalhadores temporários contratados para atender à demanda de alta no consumo no quarto trimestre de 2024.

"Esse ano já se mostrou diferente. No primeiro trimestre, o mercado de trabalho já mostrou que estava disposto a absorver grande parte dessa mão de obra temporária, e os dados do segundo trimestre vêm confirmando", disse o pesquisador do IBGE. "O mercado de trabalho está se mostrando resistente a uma piora. O mercado vem se mostrando forte e absorvendo mão de obra."

Além do aumento no número de ocupados, Kratochwill menciona outros sinais positivos, como a redução da informalidade, a elevação nas contratações com carteira assinada, o aumento na renda média e a expansão da massa salarial. "Isso tudo traz certo vigor no mercado de trabalho."

O pesquisador confirmou que os dados regionais do mercado de trabalho mostram melhora disseminada do emprego pelo país. "De forma geral, os números são muito positivos para o país em todas as Unidades da Federação."

 

IMAGEM: Sebastião Moreira/AE

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