Selo 'Made in SP' quer promover produtos feitos no Estado
A iniciativa foi discutida na sede da ACSP. A proposta, segundo Fabio Zelenski, diretor de marketing da Visite São Paulo, é que o uso da marca se torne uma prática recorrente em feiras, rótulos, cardápios, embalagens e ações de promoção turística
Assim como outros países estampam seus selos de origem, como o ‘Made in China’, São Paulo corre também agora atrás dessa distinção. Há dois meses, uma iniciativa conjunta do Visite São Paulo Convention Bureau, da Secretaria de Turismo e Viagens do Estado de São Paulo (Setur-SP) e de entidades do setor produtivo, lançou oficialmente o selo 'Made in SP' com o objetivo de valorizar produtos e serviços concebidos no Estado.
A proposta é simples: permitir que empresas paulistas usem, de forma voluntária e gratuita, a marca para reforçar a origem e a excelência de seus produtos e serviços. A ideia, segundo o diretor de marketing do Visite São Paulo, Fabio Zelenski, é capitalizar a força econômica do Estado.
Na quarta-feira (6), ele se reuniu com integrantes do Núcleo de Turismo (NUT) do Conselho de Política Urbana (CPU) da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) e citou que São Paulo representa quase 30% do PIB brasileiro e é berço de empresas, como Suzano, Ambev e Natura, "sinônimo de qualidade, excelência e profissionalismo."
O objetivo é que o selo seja reconhecido como um símbolo de excelência, agregando valor e confiança aos produtos e serviços que o utilizam. Além disso, ele pretende incentivar o consumo local, fortalecer a gastronomia e o turismo, incentivar o orgulho regional e aumentar a competitividade nacional e internacional.
“Somos reconhecidos por isso, por que não marcar essa identidade? Daí a necessidade de um selo que represente essa força. E é bom deixar claro que isso nada tem a ver com exportação. É, de fato, uma integração de experiência para quem nos visita e daquilo que pode ser levado daqui, do que cada um vivenciou ao interagir pessoalmente com o nosso comércio", disse.
Outro projeto citado por Zelenski foi o #TOPOVERSP, uma campanha para promover o "stopover" em São Paulo, incentivando viajantes a aproveitarem conexões prolongadas para conhecer a cidade. A prática, conhecida entre viajantes de diversos países do mundo, consiste na parada intermediária em um local antes do destino final, sem a necessidade de adquirir separadamente as passagens aéreas ou ter algum custo adicional. Uma das vantagens do estado de São Paulo, diz o executivo, é a presença de três dos principais aeroportos do Brasil, incluindo malhas aéreas internacionais.
Atualmente, a campanha é uma iniciativa do Visite São Paulo e da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), com apoio institucional da Setur-SP (Secretaria de Turismo e Viagens do Estado de São Paulo), mas Zelenski explica que o projeto já havia sido criado pelas empresas aéreas nacionais no final de 2019, quando a pandemia impediu o seu avanço. Na época, São Paulo era divulgada como uma cidade plural e a campanha publicitária mostrava as riquezas do interior.
Em paralelo aos esforços de comunicação, a entidade vem trabalhando junto ao poder público em nível estadual e federal para tornar o setor mais competitivo frente ao mercado internacional, buscando formas de tornar as passagens mais acessíveis sem comprometer a saúde financeira da cadeia produtiva.
Zelenski destacou que São Paulo já possui, há décadas, o turismo de negócios e eventos bem estabelecido, e que a campanha iniciada em 2019 abriu um leque de oportunidades para o lazer e entretenimento, sendo complementada, agora, com a nova fase: #TOPOVERSP.
IMAGEM: Cesar Bruneli/ACSP
